sábado, 25 de agosto de 2007

"Livra-nos da Perfeição"

Antes de mais nada, gostaria de registrar aqui a imensa alegria de ver pessoas lindas gostando do que escrevo aqui. Muito obg pelos scraps de Luís Henrique, André Otto,Alberto,Danilo,Olívia (que, por tabela, disse que sua prima,Ingrid e Cybelle tb gostaram), além dos posts de Poli, minha querida leitora fiel (falta Andréa aparecer aqui!), "Maria"e "Katarina" que eu não conheço ainda, mas peço logo para me adicionarem no orkut (http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=5729535363834875301 ) pra gente tricotar on-line,hehehe. Bom, aos anônimos, aos curiosos, aos meus amigos e aos inimigos que eu tiver (nunca se sabe, afinal...), muito obg pela atenção. Dado o abraço apertado, vamos comentar aqui o título do post:

Livra-nos da Perfeição...

Antes que me acusem de plágio, esse título na verdade é de um livro de um antropólogo americano(Ricardo Peter) que fala dos limites que cercam nossa condição humana. Quem comentou sobre ele foi Fábio de Melo, e achei excepcional este título. Mesmo que eu ainda não tenha tido o prazer de ler este bendito (deve ser bendito, mesmo!), digo que apenas essa frase já deveria se transformar na nossa oração de cada dia. Afinal, parece que quanto mais nos esforçamos para sermos perfeitos, mais nos esquecemos de viver de verdade.
Conheço muita gente, mas muita gente mesmo, que sempre busca fazer tudo certo. O próprio mundo que a gente vive nos cobra isso o tempo todo, vc tem que ser o modelo, o responsável, o diplomático, o equilibrado, o culto, o bom, o exemplo. Engraçado que as pessoas vêem isso como se desenvolver. Na verdade, eu acho que na medida em que colocamos tais padrões como metas, acabamos nos esquecemos que "nessa vida de Meu Deus" (como Vovó fala) , a gente 'não nasceu para ser exemplo, a gente nasceu para ser humano. Cada um do seu jeitinho. Ia ser muito melhor se a gente só se preocupasse em ser a gente mesmo, descobrindo nosso próprio caminho, desenvolvendo nossa autenticidade a partir das pequenas coisas. Quando queremos ser demais, acabamos não sendo p.. nenhuma, com o perdão da má palavra.
Acredito que é daí que surgem as mais diversas neuroses. Meu Pai mesmo, não consegue fazer nada que ele acha errado. Até aí eu concordo,afinal, daí vem a ética. Mas o pior, é que Papai acha quase tudo errado!!! As poucas coisas que ele acha certo, ele sempre faz. Só que o rol é tão limitado que parece aquela cena da caverna de Platão, em que a vida parece que se resume àquelas sombras, cenas repetitivas e amórficas. Eu sempre digo isso a ele, pra gente cutar o balde juntos e ir p/ praia tomar banho de mar, mesmo com umas contas pra pagar. Mas ele não me escuta, diz que é porque sou irresponsável. Na verdade, pelo brilho dos zóin dele, eu acho que ele queria isso. Mas o alter-ego que ele arrumou quer ser perfeito e disciplinado sempre, e é o algoz de Papai, mantendo-o preso no corpinho dle rechonchudo. Bom, eu avisei. Como tb estou lhe avisando agora. Não queira a perfeição.Prefira a humanidade. É muito mais intenso, mais vivo. Permita-se ser ruim, irresponsável, louco, desvairado de vez em quando. Não viva sempre para agradar quem quer que seja. Eu sempre digo que mesmo vc fazendo tudo certo, alguém vai falar mal de vc.Então, é muito melhor dar motivos pra isso, não? hehehe. Aliás, se ninguém fala mal de uma pessoa, eu sempre desconfio. Que diabos de pessoa esse indivíduo é? Se todo mundo é diferente, e o cara consegue agradar a todo mundo, certamente ele tem tantas máscaras "na manga"que já nem sabe qual sua verdadeira face. Bom, já falei muito e o sono me venceu. Fica a célebre frase de Freud para resumir tudo em um aforismo só:

"Poderíamos ser melhores se não quiséssemos ser tão bons".

3 comentários:

Andrea Carolino disse...

Vivi...
Olha eu aqui!!!! Desculpa, não comnetei antes porque estive uns dias em Recife, sem net, sem celular...As vezes eh bom!!! Vemos que eh possivel viver sem esses pequenas inutilidades uteis hehehe

Sim, mas... COMO EH BOM SER IMPERFEITA!!! Assim me sinto mais humana, um ser passivel a erros e tantas vezes inconstante, mas que ainda teima em atingir a perfeiçao...Esses humanos!!!

Bjooooooooos

Alice In Town disse...

doidoooo ainda nao li seu blog, mas vou ler asism que tiver um tempinho, pois seus textos tem que ser lido com calma e dedicação. adiciona meu blog!
bjos amiga!

Lao disse...

Oi estava investigando o livro e achei este blog. Não me contive e vou dar pitaco. A respeito do título, o autor acertaria mais se usas-se "Livremo-nos da perfeição". O "livrai-nos", é preguiçoso, cômodo, irresponsável. E o esforço pessoal? A quem atribuir a responsabilidade de "livrar-nos"?. Sobre o perfeccionismo: ele não é a busca de excelência, é a neurose de fundo narcisista, do medo de errar. Alguém já escreveu: "O perfeccionismo é a arte de camuflar tecnicamente os defeitos". A excelência será sempre propóstico nobre, desejavél, ético, fraterno, porque, tudo quanto merece ser feito (benigno), merece ser bem feito. Torna o mundo melhor, menos imperfeito. E isto não tem um propósito de perfeição, mas de servir bem, de ser funcional, eficaz, sadio, seguro, belo, duradouro, exemplar, evolutivo. O perfeccionismo é filho da Imperfecciolândia (sociedade humana). Paradoxo: é um mecanismo de defesa autoagressor, disfuncional, próprio da insegurança, carência e narcisismo e gera insatifação permanente. A sabedoria, a maturidade, a lógica, o melhor propósito discernido, produz o/a diligente, o/a consciencioso(a), a pessoa feliz procurando acertar - evitando errar - tanto quanto lhe é possível, conjugando a integração motivação-trabalho-lazer.