sábado, 22 de novembro de 2008


Eu vou ser sincera. Eu amo o dia 22 de novembro. Não só porque é meu aniversário, mas porque os números diferentes repetidos parecem um pouco comigo: meio igual, meio diferente, mas só um. E também porque, desde pequena, sempre esperei o dia 22/11 pra ganhar uma festinha, pra cantar parabéns e essas coisas todas. Nesse ponto, eu continuei criança. Passo o ano inteiro meio que esperando o dia 22 pra agradecer a Deus os presentes que recebi durante o ano inteiro. Este sábado é singular pra mim, porque foi o primeiro aniversário que passei longe do meu lar, precisamente em Caldas Novas (Um Boqueirão quente!). Meus pais vieram pra tentar amenizar minha solidão, ao lado de Dan. Confesso que foi um dia bom, mas agora há pouco desatei a chorar. Estava com saudade(pra variar)...Saudades dos meus amigos, dos meus irmãos, e principalmente senti falta da minha avó. Mas como eu não sou de esmorecer, ainda mais no dia em que vim ao mundo, decidi vir atrás de uma lan house pra sentir a presença das pessoas na minha vida, mesmo pelo orkut.

E digo que agora, estou com um baita sorriso no rosto e muita vontade de dizer a cada um a importância que cada voto de felicidade tem pra mim.É por isso que eu acredito em Deus. Ele está sempre por ali, ouvindo nosso coração e tentando dar um jeito de melhorar as coisas. Ele faz a parte dele, e nós a nossa. Ele deu poder a cada pessoa pra fazer diferença na vida de alguém. E eu posso garantir que vocês fazem diferença- a grande diferença- na minha vida, que faz com que eu tenha muitos e ao mesmo tempo um único motivo pra comemorar, tendo a mais absoluta certeza que o dia 22 de novembro de 1983 valeu a pena.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Em agradecimento a Fabiano, e com uma mensagem especial para Luana, aí vai o soneto da transformação...E como Deus é pai, mãe, irmão, amigo e tudo mais e Ele me dá a cada dia mais motivos para acreditar na vida e na sua sincronicidade, as coisas estão caminhando bem, enfim. Aliás, mui bien, como diria Nora. Tudo parece fazer sentido com o passar do tempo, até mesmo as saudades. As descobertas e as encobertas. Esse soneto deveria ter o título: "Calma, tudo acaba bem..." ;)


O verbo no infinito
(Vinícius de Moraes)

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...

sábado, 1 de novembro de 2008

Hoje sonhei com Sofia me acordando, e Vovó me chamando pra tomar café. Meu pai escutava a música Michele, dos Beatles (que durou o sonho inteiro) e minha mãe, com meus irmãos, brincavam com Renan. Eu estava numa casa à beira-mar e quando me toquei que "casa à beira-mar" era meu sonho, senti que estava sonhando. Quando acordei, vi que estava só. E chorei. Chorei muito. Pela gradação dos posts, amanhã vai ser melhor...

Soneto de Separação
(Vinícius de Moraes)

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.