domingo, 27 de janeiro de 2013

Saudades e Prelúdios


Este está sendo o último mês da minha antiga vida, e confesso que preciso escrever com uma necessidade quase vital. "Último mês" não porque vou morrer (assim espero), mas de certa maneira a vida que eu conhecia até então está acabando, não apenas pela chegada do meu filho Levi, mas por uma série de novos ciclos que estão em fase de nascimento. Sinto um aperto no peito com esses avisos da nova vida que está por vir. E choro. Choro muito. Além dos meus hormônios estarem dançando como loucos, choro pela saudade de ser criança, de ser filha, de ser neta. Choro de medo de ser mãe. Choro por deixar de ser  a estudante de sempre em busca de seu lugar ao mundo, e agora ter efetivamente, um lugar no mundo. Não sei o que pensar nem o que esperar dessa vida que tanto eu desejei um dia e agora bate à minha porta. 

Hoje eu sonhei com minha avó. E é claro que eu acordei chorando. Graças a Deus ela está bem e com saúde, mas no meu sonho, ela não estava no quarto que sempre foi meu e dela. O quarto estava cheio de crianças que brincavam de roda. Nenhuma das crianças era eu. Nem ela. Acordei e não dormi mais. Parece que, de repente, me tornei adulta hoje. E eu não queria...porque crescer dói muito. Me dói no fundo da alma saber que não posso mais dormir no quarto de vovó. A última vez que tentei, Levi me chutou a noite toda querendo mais espaço. 

Não sei que pessoa estou me tornando. Tenho receio de não ser, nem de longe, aquela que eu esperava me tornar. Mas sei que senti todas as dores e alegrias que a vida me permitiu até então. Senti tudo, com intensidade, e vivi cada momento da minha vida com sabor de quem sabe que tudo é finito. Até mesmo essa angústia que sinto agora. Sei da sua importância. Já vivi sensações parecidas a cada mudança e sei que parar e contemplar essas zonas cinzentas nos ajudam a valorar o que passou e a saber exatamente o que queremos a partir de então. Talvez seja por isso que ando com tantas saudades. Sei que elas me lembram de um tempo que jamais irá voltar. Essa sensação me sufoca e me deixa com vontade de trazer todas as pessoas que me são caras para junto de mim. Mas, infelizmente, eu não posso. 

Mas a vida é tão bonita que mesmo com tantas saudades, mesmo com tempos em que estou tão feliz e de repente tão triste, o Amor resolve desabrochar em mim de uma maneira quase perturbadora. Quando chorei em muitos momentos em que eu escrevia esse texto, Levi se mexeu em alguns deles. Por alguma razão, sinto como se fosse o Amor me chamando para lembrar que é bom sentir saudades, mas talvez seja ainda melhor viver novos  "momentos causadores de saudades futuras"(MCSF). Tenho certeza de que essa nova vida que me aguarda traz inúmeros MCSF. E é bom que eu esteja vivendo esses dias com todas essas saudades reunidas. Isso ao mesmo tempo que me deixa triste, também me faz feliz. É um sinal de que passei pela vida vivendo e sabendo disso. Lembrei de um dos meus filmes favoritos, "Valentín", em que o protagonista, um menininho lindooo de 8 anos, fala em uma das cenas:
"Há pessoas que tem tudo e não aproveitam. Como esse sujeito que vejo, às vezes, na esquina do bar, que toma café e lê o jornal, e só. Há pessoas que parecem que não vivem. Ou que a vida não lhes é útil".

E para coroar essa Esperança que o Amor me dá, lembro de uma frase que escutei uma vez e achei muito bonita: "A vida é feita de prelúdios". Escrevi essa frase no caderno de Levi. E expliquei- "E sabe o que é "prelúdio"? Segundo o dicionário, 'Prelúdio é um gênero musical de obras introdutórias de outras obras maiores'. Ou seja, é apenas a introdução da nossa grande ópera." :)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

2013 começou!

É com MUITA alegria que recomeço este blog hoje, já em 2013, dizendo que Jamyle (lembra dela? A pop-star aqui do blog, a quem vc ajudou?) está de consulta marcada para o dia 18/01/13 no Hospital Sarah Kubitschek de Salvador!!!! É uma grande vitória, pois tudo foi uma grande arquitetura de Deus para dar certo. E deu! Estou muito feliz e esperançosa, e não poderia de deixar de compartilhar esta grande notícia aqui, através do Blog, que teve um importante papel para que tudo acontecesse. Ainda temos um longo caminho para trilhar, mas 2013 começou com um passo, ou melhor, um pulo, na direção certa. E essa notícia nos anima para que possamos acreditar na nossa capacidade de ir em frente, de mudar nossas atitudes para que resultados diferentes (e melhores) possam acontecer. Eu não poderia estar mais feliz hoje. Sinto que Deus, realmente, não para de agir na vida de cada um de nós, mesmo que não acreditemos na intervenção divina. Hoje eu, definitivamente, acredito! Obrigada a cada um que nos ajudou. Essa vitória também é sua. 





ps: E é claro, quem quiser manter contato com a família da nossa querida Jamyle, ou repassar seu contato para pessoas que querem ajudá-la, o telefone é (83) 8775-9640. Os pais dela são Amaury e Joelma.