segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008


Meu coração bate acelerado e eu acabo gostando dessa sensação. Não é mais ansiedade, e sim pressa de viver. No entanto, a pressa é amiga da imperfeição e por isso mesmo é que ela se faz constante em mim, defeituosa de fábrica. Acho que viver consiste em pôr tudo de si em tudo o que fazemos, embora não haja "pódios de chegada ou beijos de namorada", como diria o Cazuza.Tudo isso me faz lembrar daquela canção do Paulinho Moska, que canta o sentimento de gostar da travessia e não necessariamente do ponto de chegada:

Eu amo a causa, e não a conseqüência
Eu amo o Pensamento, e não a inteligência
Eu amo a Loucura, e não a consciência
Eu amo a paciência, eu amo a paciência

Eu amo o deserto, a não a muralha
Eu amo o mergulho, e não a medalha
Eu amo suor, e não a toalha
Eu amo a batalha, eu amo a batalha

Eu amo a alma, e não a pessoa
Eu amo a cara, e não a coroa
Eu amo a corrida, e não a linha de chegada
Eu amo a estrada, eu amo a estrada

Eu amo o agora, e não a memória
Eu amo a luta, e não a vitória
Eu amo o fato, e não a história
Eu amo a trajetória, eu amo a trajetória

Eu amo o bem forte, e não o assim
Eu amo o papel, e não o cetim
Eu amo pra onde vou, e não de onde eu vim
Eu amo o meu meio, e não o meu fim

3 comentários:

Franco disse...

Tenho percebido que a vida tem apressado a gente... A vida, a pressa... Enquanto houver vida haverá pressa e enquanto houver esta a percepção de que se vive.
Acho que é mais ou menos assim.
Bjão.

Lucas Peixoto disse...

Esse blogue me foi super recomendado por nossa amiga Luana! Conversando com ela, comecei a me indagar sobre as possíveis razões de nós termos estudado tanto tempo na mesma sala e, segundo minhas lembranças distorcidas, nunca tido uma conversa decente que fosse. De qualquer maneira, a própria Luana,com quem convivi por tanto tempo no Coral Unipê, só vim a conhecer depois que ela deixou o grupo. Acho que deve haver muitas razões para isso, mas provávelmente, uma das principais é essa pressa mesmo. A pressa que não nos permite olhar direito uns para os outros, ou que nos leva a entrar tão cedo na Universidade e, por razões as mais diversas, mas não a mais óbvia, nosso desejo de nos realizarmos profissonalmente, não ganhando muito bem, meramente, mas sentindo prazer naquilo que fazemos. A mesma pressa que nos faz, às vezes, desistir de alguns sonhos, em busca de resultados mais imediatos (queremos tudo para ontem),ou ainda, que nos leva a tentar abraçar o mundo com as pernas e encabeçar várias metas distintas ao mesmo tempo, não conseguindo se definir por uma só, para não perder mais tempo do que já perdeu, e por isso mesmo, desperdiçando-o por não conseguir alcançar nenhuma delas, afinal, pernas não foram feitas para abraçar! Enfim, gostei tanto do que li aqui (Luana tinha razão: você escreve muito bem), que me senti inspirado para escrever um pouco. Parece que os bons escritores sempre fazem-nos achar que também somos talentosos... Boa sorte na sua jornada. Espero que se a vida fizer com que nos cruzemos novamente, e de certa formaja fez, pois sempre escuto falar sobre você, possamos estar com menos pressa, para batermos "um bom papo", Você, Eu e,lógico, a queria Luana, sua antiga colega de estudo, que agora é minha companheira nessa tarefa.
Abraço, de seu ex-colega de classe, Lucas Peixoto.

Ah, boa sorte na sua jornada, e que um dia você possa nos agraciar com um bom, livro!

Anônimo disse...

Se vc escreveu tudo isso... quero ler muito mais!