
Dia desses eu falava da saudade que eu estava de Sofia, minha gatinha de estimação. Dotô também me falava do amor dele por gatos.Como a gente atrai o que deseja, um gatinho abandonado começou a freqüentar o quintal da minha vó. Não sei como dizer sem que soe falso, mas parecia que o bichano estava procurando por meu tio.
Minha avó, rabugenta quando é contrariada (ariana,fazer o quê?...) começou a enxotar o gato com tudo que ela via pela frente. Mas o amigo do meu tio não arredou o pé (ou a pata...). Todo dia estava lá. Até que Dotô o viu e desde então, eles mantêm uma relação de afeto como poucas vezes eu vi na vida. O gato foi batizado de "Mimi"(eu não tive culpa) e sabe enxergar as belezas do meu tio como nunca alguém enxergou. A linguagem do carinho e do amor que se extrai de situações como essas é indecifrável. Mimi consegue ouvir meu tio tocar violão e canta (mia) junto. Ele é mesmo um gato sobrevivente...hehehe.
O que mais me despertou foi perceber que Deus se faz presente até nestas pequenas situações do cotidiano.Talvez pra mostrar para nós, tão tolos humanos,que o amor nos faz enxergar só o que cada um tem de bom. Deixa que as diferenças sejam apenas marcas que nos fazem ímpares. Mimi soube trazer de volta a meu tio a certeza de que ele era importante, soube transformar uma realidade estéril em uma lição cotidiana de afeto. E eu que pensei que palavras eram melhores que miados...
2 comentários:
Aqui eu não tenho a Mimi, mas tenho o Doner que acabo chamando de Donico... Sei exatamente a extensão do que pretendeu relatar: é que entre tantas palavras ditas ao ar, os miados e latidos quando compreendidos, fazem muito mais sentido.
Bjão.
a simplicidade do amor...
é pricipalmente aí que Deus se faz mais presente!
;)
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