sábado, 1 de novembro de 2008

Hoje sonhei com Sofia me acordando, e Vovó me chamando pra tomar café. Meu pai escutava a música Michele, dos Beatles (que durou o sonho inteiro) e minha mãe, com meus irmãos, brincavam com Renan. Eu estava numa casa à beira-mar e quando me toquei que "casa à beira-mar" era meu sonho, senti que estava sonhando. Quando acordei, vi que estava só. E chorei. Chorei muito. Pela gradação dos posts, amanhã vai ser melhor...

Soneto de Separação
(Vinícius de Moraes)

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

6 comentários:

Luana Magalle disse...

Como a gente só se dá conta de como "era" bom...depois que o verbo deixa ser conjugado no presente!
Sei bem como É isso!

Beijos

Anônimo disse...

força...
td aqui está como vc deixou...
bjos!

Luana Magalle disse...

Saudades de tu!!!

E dessas conversas pessoalmente!
hehehe

Unknown disse...

Amiga...eles devem estar sonhando com voce tambem...mesmo que de diferentes maneiras. Te amo. Beijo.

PolianaUrtiga disse...

força!

Unknown disse...

Pois é, Viviane... Por esses seus 2 últimos textos, veja que a vida é feita de fases... A transposição de tais termos, realmente, é difícil, complicada, mas é a vida...

Pra completar, em confronto com o soneto que vc escreveu, registro essa poesia de Vinicius, quem bem discorre sobre as fases da vida...

O verbo no infinito

Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...