Hoje sonhei com Sofia me acordando, e Vovó me chamando pra tomar café. Meu pai escutava a música Michele, dos Beatles (que durou o sonho inteiro) e minha mãe, com meus irmãos, brincavam com Renan. Eu estava numa casa à beira-mar e quando me toquei que "casa à beira-mar" era meu sonho, senti que estava sonhando. Quando acordei, vi que estava só. E chorei. Chorei muito. Pela gradação dos posts, amanhã vai ser melhor...
Soneto de Separação
(Vinícius de Moraes)
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
6 comentários:
Como a gente só se dá conta de como "era" bom...depois que o verbo deixa ser conjugado no presente!
Sei bem como É isso!
Beijos
força...
td aqui está como vc deixou...
bjos!
Saudades de tu!!!
E dessas conversas pessoalmente!
hehehe
Amiga...eles devem estar sonhando com voce tambem...mesmo que de diferentes maneiras. Te amo. Beijo.
força!
Pois é, Viviane... Por esses seus 2 últimos textos, veja que a vida é feita de fases... A transposição de tais termos, realmente, é difícil, complicada, mas é a vida...
Pra completar, em confronto com o soneto que vc escreveu, registro essa poesia de Vinicius, quem bem discorre sobre as fases da vida...
O verbo no infinito
Ser criado, gerar-se, transformar
O amor em carne e a carne em amor; nascer
Respirar, e chorar, e adormecer
E se nutrir para poder chorar
Para poder nutrir-se; e despertar
Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir
E começar a amar e então sorrir
E então sorrir para poder chorar.
E crescer, e saber, e ser, e haver
E perder, e sofrer, e ter horror
De ser e amar, e se sentir maldito
E esquecer de tudo ao vir um novo amor
E viver esse amor até morrer
E ir conjugar o verbo no infinito...
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