sábado, 19 de janeiro de 2008

"A Semente da Vitória"

Um dos livros mais "auto-ajuda" que eu já li foi o do título do post, do autor Nuno Cobra. Falo auto-ajuda no sentido otimista do termo, porque com a leitura, eu fui capaz de entender o quanto podemos mudar de atitude através da mudança do corpo. É uma mudança de fora para dentro que acaba nos transformando de dentro para fora. Afinal, se eu posso perder 40 kg, porque achar que não posso ser piloto de avião? O bom do livro está nessa consciência de que mudar qualquer situação sempre depende da nossa vontade.

Mas não quero falar de mudanças de hábitos, e sim de sementes.

Estou morando "longe" de casa, embora perto. Vim para Campina estudar a médio (ou longo...) prazo, porque precisava me concentrar mais, estabelecer metas e tentar alcançá-las. Logo no começo, quis voltar. Depois de uma semana, já não suportava a falta que o barulho da minha casa me trazia. Sentia falta dos afagos na minha gatinha,das brigas com meu irmão, do ronco do meu pai, do mau-humor matinal da minha mãe. De repente, tudo me parecia inifinitamente precioso, e me dei conta de que o amor que sinto pela minha família vai muito além do que poderia imaginar.

Bem, mas Deus é o maior pedagogo do mundo e decidiu me ensinar mais coisas.

No lugar onde moro existia um quintal feinho e cinzento. Cheio de plantas que não serviam para nada, só ocupavam espaço. Comecei a observar o quintal fazendo um paralelo com a minha vida. Quantas coisas me ocupavam, sem me acrescentar, sem florescer, estéreis. Quantas vezes eu deixava minha vida amontoar folhas secas,que já passaram de seu tempo,e precisavam ir pro lixo. Quantas vezes não fui capaz de arar minha própria terra, deixando meu solo seco e sem vida.

A decisão de ir atrás dos meus sonhos já sinalizava que esse tempo pelo qual estou passando é uma fase de mudar velhos hábitos. Não segui os conselhos do Nuno Cobra, não estou correndo e dormindo cedo, mas decidi limpar o terreno, literalmente.Limpei o quintal inteiro, arrancando ervas daninhas e plantas ressecadas. A terra ficou limpinha, e aquilo me deu uma sensação de recomeço.

Plantei sementes das coisas que mais gosto, em uma alusão maluca de que só vale a pena entrar na minha vida coisas e pessoas que me fazem bem. Não vou plantar sementes ruins, nem vou deixar que outros joguem suas folhas secas por aqui.

Arei a terra, e plantei sementes de ameixa, pêssego, goiaba, hortelã,manjericão. Assim mesmo, tudo misturado porque assim como na vida, a gente pensa que uma semente é boa, mas é a outra que vinga. Sendo assim, Deus é que vai dizer qual é o sabor que na minha horta deve prevalecer.
Todos os dias eu rego minhas sementes, num exercício de paciência e disciplina, esperando o tempo da colheita.
Só espero que não demore tanto...

3 comentários:

Unknown disse...

Lindo! A hora da tua colheita vai chegar, Vivi. E vai ter gosto de vitória. Beijo.

Luana Magalle disse...

"Não prometo dar-lhe um jardim de flores...
Mas prometo a força pra poder plantá-lo...
E asseguro no cultivo estar bem junto, se preciso, lhe consolar...
Cantaremos a semente germinada, podaremos o que não puder crescer..."

=)

No stress!

millapitanga disse...

Viviiiiiiiiii, tu tas em CG?? QUe novidade...fazia tempo que n vinha por aqui...saudade desse seu jeitinho de escrever e se expressar divinamente... Poxa, a moça do mapa astral acertou em tudo hein?? Beijo pra Marilia e Renan. Saudade de vc!