
Nem sei se eu devia escrever muito aqui no blog, já que tudo que a gente pensa se torna explícito demais, mas acho que o benefício que me traz é maior que prejuízos poucos. Pois bem, ontem estávamos conversando e Camila toca no assunto de ciúmes de ex´s. Diz que toda mulher não se aguenta de curiosidade de saber se a ex do atual é bonita, feia, burra, inteligente, piriguete, etc, etc. Eu e Luana não apenas concordamos, como ratificamos que quase todas as mulheres do mundo já se pegaram querendo saber do passado do seu amor presente, de preferência com detalhes, pra nos enforcamos depois, de ciúme.
Pode até parecer masoquismo, aliás, é definitivamente a escolha de um sofrimento totalmente desnecessário, mas para nós, mulheres, é essencial. Já Elias e César ficaram horrorizados com tamanha insegurança e inutilidade de querer saber do passado, já que eles, práticos como todos os homens são, preferem achar que nós estávamos presas num castelo assombrado e escuro, antes de eles aparecerem e nos apresentarem ao mundo. Talvez essa atitude seja, de fato, a mais sensata, perto da paranóia que nos acomete a cada vez que a ex de 1500 anos atrás aparece de alguma forma. Coitadas também daquelas que nos tem como ex´s, já que sofrem do mesmo mal.
Bom, pensando agora racionalmente, a gente sabe que cada história é única. Relacionamentos, sejam os passados, o presente, ou quem sabe, futuros, se constituem essencialmente em uma profusão de sentimentos entre duas pessoas, que jamais esquecerão do que viveram. Por isso, não adianta querermos apagar memórias, como no filme maravilhoso do Kauffman (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), em que a personagem da Kate Winslet tenta apagar o namorado que a fez sofrer (vivido por Jim Carrey) da mente, e percebe que apagar as suas lembranças acaba por apagar quem ela é.
Não há como querer esquecer de uma história, porque ela simplesmente é a NOSSA história. Como diz a Martha Medeiros, a gente é os discos que escutamos, os amigos que fazemos, as histórias que vivemos...e eu diria que também somos as pessoas que amamos. Todos os que passam em nossa vida deixam marcas. E elas nos moldam a ponto de construir nossa própria identidade.
Eu jamais seria quem eu sou hoje, se não tivesse passado por outras histórias. E cada uma me levou a um estágio de maturidade que ninguém consegue chegar sem "viver". Portanto, quem se apaixona por nós hoje, se apaixona por nós e por toda a população de sentimentos e lembranças que carregamos. No meu caso, se apaixona por uma pessoa bem diferente de 4 anos atrás. De 1 ano atrás. De 8 meses atrás. Todos os dias a gente percebe que não é a mesma pessoa. E por isso que cada relação é indelével e única. É um determinado momento, uma época diferente, pessoas diferentes, mentes, coração, corpo, alma, tudo é diferente. E por isso que cada momento importante que a gente vive na vida é simplesmente inesquecível.
Portanto, não dá pra "deletar" ninguém da nossa vida, muito menos pedir para que o outro esqueça o que viveu. Lutar por isso é brigar no vazio, como uma criança insana que quer bater no inimigo imaginário. Sabe aquela cena em que um pirralho quer bater em outro e um adulto simplesmente segura sua cabeça? E o guri fica dando socos no ar, impedido pela força maior? É assim que vejo quando queremos que o outro esqueça seu passado. Há uma força muito maior que nos impede de triscar nas lembranças, e essa força é a própria vida.
Se eu sei que quem se apaixonar por mim jamais poderá me pedir para esquecer o que já vivi, como poderei exigir isso de alguém? Confesso que, quando penso assim, fico envergonhada de um dia ter exigido detalhes de histórias passadas. Não há porque agir assim. Se passou, é sinal de que tudo era para ter acontecido exatamente como aconteceu, para que o momento presente pudesse existir. É como dizia o Clint Eastwood à Meryl Streep, em um dos meus filmes favoritos ("As pontes de Madison"), que se espantava como toda sua vida parecia estar resumida a um caminho inteiro apenas para chegar àquele exato momento.
É bonito isso. Saber que, se escutarmos nosso coração e seguir os passos que ele sussurra, certamente chegaremos ao lugar que desde sempre, é nosso. E sabermos lembrar com ternura do passado, mas sem olhar pra trás, já que assim corre-se o risco de tropeçar... no que está à nossa frente.
Pode até parecer masoquismo, aliás, é definitivamente a escolha de um sofrimento totalmente desnecessário, mas para nós, mulheres, é essencial. Já Elias e César ficaram horrorizados com tamanha insegurança e inutilidade de querer saber do passado, já que eles, práticos como todos os homens são, preferem achar que nós estávamos presas num castelo assombrado e escuro, antes de eles aparecerem e nos apresentarem ao mundo. Talvez essa atitude seja, de fato, a mais sensata, perto da paranóia que nos acomete a cada vez que a ex de 1500 anos atrás aparece de alguma forma. Coitadas também daquelas que nos tem como ex´s, já que sofrem do mesmo mal.
Bom, pensando agora racionalmente, a gente sabe que cada história é única. Relacionamentos, sejam os passados, o presente, ou quem sabe, futuros, se constituem essencialmente em uma profusão de sentimentos entre duas pessoas, que jamais esquecerão do que viveram. Por isso, não adianta querermos apagar memórias, como no filme maravilhoso do Kauffman (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças), em que a personagem da Kate Winslet tenta apagar o namorado que a fez sofrer (vivido por Jim Carrey) da mente, e percebe que apagar as suas lembranças acaba por apagar quem ela é.
Não há como querer esquecer de uma história, porque ela simplesmente é a NOSSA história. Como diz a Martha Medeiros, a gente é os discos que escutamos, os amigos que fazemos, as histórias que vivemos...e eu diria que também somos as pessoas que amamos. Todos os que passam em nossa vida deixam marcas. E elas nos moldam a ponto de construir nossa própria identidade.
Eu jamais seria quem eu sou hoje, se não tivesse passado por outras histórias. E cada uma me levou a um estágio de maturidade que ninguém consegue chegar sem "viver". Portanto, quem se apaixona por nós hoje, se apaixona por nós e por toda a população de sentimentos e lembranças que carregamos. No meu caso, se apaixona por uma pessoa bem diferente de 4 anos atrás. De 1 ano atrás. De 8 meses atrás. Todos os dias a gente percebe que não é a mesma pessoa. E por isso que cada relação é indelével e única. É um determinado momento, uma época diferente, pessoas diferentes, mentes, coração, corpo, alma, tudo é diferente. E por isso que cada momento importante que a gente vive na vida é simplesmente inesquecível.
Portanto, não dá pra "deletar" ninguém da nossa vida, muito menos pedir para que o outro esqueça o que viveu. Lutar por isso é brigar no vazio, como uma criança insana que quer bater no inimigo imaginário. Sabe aquela cena em que um pirralho quer bater em outro e um adulto simplesmente segura sua cabeça? E o guri fica dando socos no ar, impedido pela força maior? É assim que vejo quando queremos que o outro esqueça seu passado. Há uma força muito maior que nos impede de triscar nas lembranças, e essa força é a própria vida.
Se eu sei que quem se apaixonar por mim jamais poderá me pedir para esquecer o que já vivi, como poderei exigir isso de alguém? Confesso que, quando penso assim, fico envergonhada de um dia ter exigido detalhes de histórias passadas. Não há porque agir assim. Se passou, é sinal de que tudo era para ter acontecido exatamente como aconteceu, para que o momento presente pudesse existir. É como dizia o Clint Eastwood à Meryl Streep, em um dos meus filmes favoritos ("As pontes de Madison"), que se espantava como toda sua vida parecia estar resumida a um caminho inteiro apenas para chegar àquele exato momento.
É bonito isso. Saber que, se escutarmos nosso coração e seguir os passos que ele sussurra, certamente chegaremos ao lugar que desde sempre, é nosso. E sabermos lembrar com ternura do passado, mas sem olhar pra trás, já que assim corre-se o risco de tropeçar... no que está à nossa frente.