terça-feira, 29 de julho de 2008

Não acredito que até hoje nunca havia visto "As Pontes de Madison". Particularmente, um dos melhores filmes que já vi. Sobre o filme:

"Em As Pontes de Madison, Clint é Robert Kincaid, um fotógrafo da National Geografic que está no Iowa para fotografar antigas pontes cobertas, famosas na região, para uma reportagem da revista. Meryl Streep é Francesca Johnson, uma dona de casa que trocou a Itália pelo sonho de viver na América. Casou-se com um soldado, e anos depois se vê criando os dois filhos do casal na paisagem bucólica de uma fazenda em que pouca coisa acontece, e vive-se a vida porque se acorda todo o dia, e não porque se têm sonhos. Perdido, o fotógrafo pede informações na fazenda dos Johnsons, mas a família foi para uma feira agropecuária, e apenas Francesca está em casa.


O que acontece após este esbarrão do destino é aquilo que a astrologia resume como "efeito urano": é quando uma pessoa faz uma "burrada" tão grande que detona a sua própria vida e a de outras pessoas. Bem, quase faz, e é neste fragmento do "quase" que reside a beleza deste filme. Nossos dois personagens desse épico romântico moderno passam quatro dias juntos, se apaixonam, descobrem uma certeza que só se tem uma vez na vida, e são obrigados a escolher entre ficar ou fugir. A encruzilhada abre diversas possibilidades e questionamentos. O amor, tal qual o conhecemos, sobrevive a rotina? É possível ser feliz após ter detonado a vida de uma porção de pessoas para alcançar essa felicidade? O passado pode ser esquecido como se queimássemos uma folha de papel e jogássemos as cinzas pela janela? É possível amar e não estar com a pessoa amada? Essa história de alma gêmea é uma brincadeira divina (o homem lá de cima deve ser um cara extremamente divertido) ou podemos, num momento x de nossas vidas, encontrar uma pessoa que nos faça acreditar que caminhamos uma vida toda para chegar a este encontro?



Clint Eastwood abusa do direito de ser comovente em uma cena clássica: na chuva, Robert pára no meio da rua enquanto o marido de Francesca, que voltou com os filhos, faz compras. A cena se arrasta e Francesca segura a maçaneta da porta do carro com tanta força que deve ter sentido o objeto atravessar seu coração. Ela quer deixar o carro. Ela quer correr na chuva para o seu amado. Ela quer deixar a fazenda para trás, seus filhos, uma vida sem sonhos, mas a razão está ali despejando um mundo de motivos para que ela deixe o amor virar a esquina e partir para sempre, para longe de seus olhos, longe de seu corpo, mas não longe da alma. Ela se desespera, chora, e volta a viver porque viver é preciso, afinal, acordamos todos os dias a espera do fim. E com o fim, a crença no reencontro. Injusto? Não. O amor não tem nada a ver com justiça. O amor é maior que a vida. E talvez você entenda isso melhor quando tiver aquela certeza que nós só teremos uma vez na vida. Quando isso acontecer, tudo fará sentido. E amar em silêncio não será tão inconcebível. Porque enquanto o corpo sente falta do toque, a alma está totalmente completa. E, sabemos, um dia todos vamos ser apenas poeira no chão. Ou nos arredores de um ponte.


As Pontes de Madison é uma adaptação do famoso romance The Bridges of Madison County, de Robert James Waller, que supostamente é baseado em uma história real. Mais do que surpreender o espectador, que talvez nunca esperasse uma história de amor contada com tanta soberba e maestria por um dos heróis da classe western, As Pontes de Madison encanta por retratar o amor na idade adulta, quando pouco de nós espera alguma coisa a mais da vida, quando nossos sonhos de adolescência foram esquecidos, e a lembrança de que um dia sonhamos é algo que nos faz analisar e questionar toda uma existência. Quase ao final do filme, quando Francesca pede aos filhos que aceitem seu último desejo, dizendo que deu sua vida à família, e quer deixar para Robert o que restou dela, é impossível não entregar os pontos, as lágrimas, o coração e a alma para Clint Eastwood. Ele conseguiu algo que poucos conseguem: retratar o amor sem ser piegas ou cínico ou vingativo. E com isso, conseguiu filmar uma pequena obra-prima, mais uma de seu excelente currículo como cineasta, um filme que você precisa ver. " (Marcelo Costa)

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Conjugando:Deus,Eu,Ele,Ela,Nós,Vós,Eles.


Eis que lendo alguns blogs que eu gosto, vejo no de Eduardo Rabenhorst-www.modosdedizeromundo.blogspot.com- entre uma postagem e outra, uma leitora discutindo sobre um outdoor (vide acima) que a Justiça da PB mandou retirar, sob pena de multa diária. Fiquei pensando no papel que a Religião exerce na nossa vida. Muita gente a usa para se mascarar, outras, como forma de tirar a máscara (pelo menos, perante Deus). Não acredito que haja qualquer 'condenação futura' a ser efetivada por Deus. Não acredito que esta vida é um erro e que só depois é que conheceremos o paraíso, como nos pensamentos de Platão (a idéia da cadeira vêm antes da cadeira?). Também não sou partidária de um niilismo inútil, que não enxerga importância alguma nos valores do alto.


Acredito sim, em condenações reais, que a gente estabelece para si mesmo, construindo, por vezes, infernos e clausuras que, sem interferência nenhuma do alto, transformam nossas vidas em pesadelo. Há uma autocondenação quando temos dois caminhos e escolhemos o da maldade. E maldade não está longe! Está em cada um que olha pro outro e ao mesmo tempo que lhe sorri, lhe amaldiçoa. Maldade em escrachar homossexuais e não ajudar um cego a desviar do poste. Maldade em ir à missa(ou culto,ou reunião) e passar o tempo inteiro olhando as marcas das roupas alheias.Maldade em mim, que digo que não tenho dinheiro para doar uma cesta básica e vou jantar fora.


O paraíso pode existir sim, e às vezes sonho com ele, mais pela possibilidade de reencontrar as pessoas que já se foram, do que pelo que vou usufruir dele. Penso que o Paraíso é a vida bem vivida, conforme nossos valores e a ética, cujo propalador maior foi Jesus. Paraíso é saber que eu existo por algum motivo, e não posso morrer sem descobri-lo. Acredito que a aventura de viver consiste basicamente em descobrir para o quê fomos criados. Nossos talentos nos avisam de que forma nossa existência pode valer à pena, e quando estamos no caminho certo, a vida dá um jeito de facilitar nosso trajeto.

Muitos usam a Bíblia como base para julgamentos vários. Eu prefiro usá-la para ler trechos que me tornem alguém melhor, como aquele em que Jesus diz:“Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave que está no teu olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão” (Mt 7,3-5). Este caminho me mostra a importância da autocrítica, antes da morbidez no julgamento do outro. E de quebra, me abre espaço para a solidariedade e ao ajuste da minha própria conduta.


Sei que Religião significa religar,e nisso está o mais bonito: a possibilidade de estabelecer uma ponte entre Deus e nós (no meu caso,é pela eucaristia). É uma experiência cotidiana, que nos aproxima do sagrado. Homossexualismo ou homossexualidade, ou homoafetividade, só serve mesmo para distinguir uma opção sexual, jamais uma pessoa. Ninguém, absolutamente ninguém neste mundo,tem direito de usar a palavra de Deus como forma de julgar alguém. O amor de Deus é compassivo e não distingue quem está certo ou errado.A linguagem do amor não se baseia em palavras, tampouco em frases soltas da Bíblia, ela é muito mais "tête-à-tête", quando o cérebro não processa e só sobra o coração.


Fico triste em ver cristãos tornando pior a vida de seus "irmãos". A gente tá no mundo pra fazer alguma diferença, oras! Diferença pra pior, é inacreditável.Fico pensando na pessoa gay que olha o outdoor. Certamente, ela acaba afastando-se de Deus, por se sentir rejeitada, quando o que Deus quer é justamente o oposto. Acho que todo mundo tem não apenas o direito,mas o dever de ser feliz e ir em busca do que lhe faz bem. Cada um tem seu próprio relacionamento com Deus, mesmo que seja um não-relacionamento.E para quem está de fora só resta viver sua vida conforme seus próprios valores,sem ultrapassar o limite do outro. Façamos como os rios : quando suas águas encontram limites, eles não avançam, simplesmente tornam-se mais profundos.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Vida longa aos caçadores!


Desde que eu li a célebre frase de Nietzsche,"Torna-te quem tu és!", há algum tempo (pra não dizer muito tempo) venho tentando me tornar exatamente aquilo que eu sou, ou quem sabe, que eu deveria ser. Nessa viagem "pra dentro", tenho descoberto coisas incríveis, outras,assustadoras.
Na Bíblia há uma parábola que fala do joio e do trigo, que um dia serão separados, e o joio queimado, enquanto o trigo será colhido. Fico pensando se nós realmente somos apenas 'joio" ou "trigo". Me sinto constantemente dividida entre os dois, como se minha personalidade- humana,pra salientar- me fizesse errar e acertar o tempo todo, sem que haja resultado prático a ser efetivado. Como saber se tudo aquilo que fiz certo não foi esquecido em virtude de um grande erro? E como o erro repercute na minha vida? Erro menos ou erro muito mais? Como descobrir quem somos, sem saber quem não somos?

Com o tempo, percebemos realmente a nossa essência, o que deixamos pra trás, o que levamos conosco. Chega aquela hora em que você pensa:" Se eu tivesse a maturidade que tenho hoje, tanta coisa teria mudado...". Acho que é esse o caminho da descoberta de quem a gente é de verdade. Vamos nos tornando quem realmente somos. É quando muita coisa passa, enquanto algo permanece em nós. Pode ser um valor que você acreditava que não mais possuísse, porque era outra época. Pode ser a idéia que você tinha de felicidade e que deixou de lado porque os tempos são outros. E no fim, percebemos que muita coisa que abandonamos, na verdade, não nos abandonaram.Estão escritos em pedra, mesmo que queiramos reescrevê-los sobre a areia.

Do mesmo modo, há valores que definitivamente, não são nossos. No meu caso, perdi um tempão com valores errados, que não eram meus. Todo mundo queria tanto aquilo, que eu achei que querer também era quase um dever. O tempo vai mostrando quem a gente é, e quando isso acontece, tudo se torna tão claro que não dá para entender como um dia, pusemos um peso em nós quando na verdade tínhamos uma pena, que ao menor sinal de vento, voou. O meu lugar era outro ( como diria, poeticamente, o Milton Nascimento..."Vou me encontrar,longe do meu lugar...Eu, caçador de mim").

É importante sabermos exatamente o que nos faz feliz, e não comprar qualquer modelo solto de felicidade. Saber abdicar do "inabdicável", ir em busca do que, definitivamente, nos faz bem. Pode soar mal aos ouvidos de quem ainda não se descobriu, mas é melodia pra quem sabe o que se leva da vida. Com o perdão da propaganda do Pão-de-Açúcar, sempre é bom perguntar a si mesmo: "O que te faz feliz?" e ir atrás da resposta. E rápido!

terça-feira, 15 de julho de 2008

A Saudade dá uma aula...



Acabo de voltar da minha primeira aula da Saudade na UEPB como professora. Ter meu nome na placa, como professora homenageada, na mesma faculdade em que há poucos anos fui aluna, e pela primeira turma em que dei aula na vida...não tem preço!

Me sinto abençoada por Deus de forma especialíssima. Como se ele piscasse o olho pra mim cada vez que me surpreende...

Eis o meu discurso:




"MEUS ETERNOS MESTRES DESTA FACULDADE,
SENHORAS E SENHORES AQUI PRESENTES,
MEUS QUERIDOS ALUNOS,




Com certeza, o convite para participar deste momento hoje, constitui o maior prêmio que uma ex-aluna desta mesma faculdade e agora recém-chegada como professora, pode almejar. É um momento que fala tão alto ao meu coração que, com certeza, ficará gravado entre as minhas mais vivas saudades, essas que não morrem jamais.

Falarei breve palavras, até porque mesmo que fossem muitas, ainda assim não conseguiriam expressar o meu agradecimento sincero a vocês. No entanto, vocês me fizeram o convite errado. Me deram o encargo de ministrar uma aula sobre uma matéria em que ainda sou aprendiz: a Saudade. Não sei FALAR de saudades. Só sei SENTIR saudades.

Neste momento, em particular, nesta faculdade tão insculpida de lembranças, um mundo de saudades revive minha alma. Quando era apenas uma adolescente que gostava de História e Literatura, caí neste Curso de Direito, e, naquele momento, como diria o grande poeta Olavo Bilac, “abriu-se à vida o meu espírito inquieto e ávido, de asas tontas , de vôo indeciso”.

Jamais pensei em estar aqui hoje, embora a resposta para a famosa pergunta que nos fazem quando somos crianças:”O que você quer ser quando crescer?” sempre tenha sido a mesma: “PROFESSORA!”. Nunca imaginei ser professora de Direito Previdenciário, mas o que realmente me surpreende é ter de dar uma aula sobre um sentimento,que talvez seja o mais contraditório,pois está sempre presente nas nossas ausências.
Eu ainda não entendo a rapidez do tempo, que me leva à primeira e à última aula num piscar de olhos. Me recordo que, logo que conheci vocês, pensei: "quando as aulas acabarem, ou essa turma vai me deixar saudades ou alívio". Acho que já deu pra perceber o que vocês me deixaram...

Um dia um querido professor meu, Luiz Augusto Crispim, assim escreveu:

DEUS quando insuflou o amor no coração dos homens, já combinou com a Saudade:

-Vais morar com o Amor, porém, só revelarás a tua face nos instantes em que os olhos já não puderem enxergar o que sente o coração.

Esse é o destino da Saudade. Morar com o Amor, a vida inteira, e só mostrar o rosto na hora da partida
.”

Com a devida licença ao meu mestre, eu diria que a Saudade, tal como Eva, desafiou o Criador e em certas horas,ela, sorrateira, nos surpreende em momentos como este, quando a Saudade toma conta de nós ANTES mesmo da partida. E o pior é que sabemos que toda hora é hora de partir: Para um amanhã diferente, para uma nova estação, para deixarmos de ser o que somos. Assumir uma nova fase da vida requer maestria em sepultar não apenas as aulas mortas, mas dizer adeus a nós mesmos, numa constante descoberta...ou redescoberta.

A Saudade é tão perspicaz que aparece até mesmo quando emitimos sonoras ordens de não lembrar. Mas só de pedir, já lembramos. De vez em quando, ela assume formas diversas: um aroma, uma música, um sabor, até mesmo o cair da tarde, quando as cores já vão se descolorindo, como um epílogo do dia que já se vai.

Nietzsche, o grande filósofo alemão, dizia que a vida apresenta momentos semelhantes ao da criança quando está na praia e ri e pula de alegria quando as ondas trazem as conchas coloridas para a areia, e chora de tristeza quando as ondas levam as conchinhas de volta para o mar.
Esta solenidade trouxe as conchas coloridas de cada um, dando alegria desde a aprovação no vestibular, nas inúmeras provas, na monografia...trazendo então,o tão sonhado diploma. Mas esse mar da vida leva junto com suas ondas, nosso convívio, nossa amizade diária, nossos momentos cotidianos que agora ficarão apenas na nossa bagagem de saudades.

É estranha essa sensação que agora experimento. Aqui alegre e logo ali tão triste. Mas a Saudade não nos quer tristes. Ela quer ver brotar em nós a sensação de dever cumprido, de momentos bem vividos e felizes.A saudade quer nos acompanhar a vida toda, fazer parte de nós, do que somos, carregando todas as nossas ausências e presenças, porque a saudade não morre jamais.

Antes que eu faça como a Cecília Meireles e diga que quando “penso em vocês, fecho os olhos de saudade”...eu prefiro encerrar desejando a vocês todo o sucesso para o qual vocês foram criados e desafiar a Saudade com as palavras do nosso saudoso Vinícius de Moraes:
"Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais..."



Muito obrigada!!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

"O casamento da nossa melhor amiga"


No sábado passado,Vanusa casou e nós (Eu,Cami,Anna e Milena, amigas de 8ª série) aproveitamos pra botar o papo em dia. Entre um champagne e outro, falamos- novidade!- de relacionamentos. Engraçado que antes do casório, eu e Camila comentávamos sobre a descrença que tínhamos em relação ao amor eterno, e mais precisamente, ao amor. Eu, particularmente, dizia que não acreditava em palavra ditas ao sabor do vento, quanto mais em juras de "até que a morte nos separe". Freud dizia que a mulher é ensinada a amar o ritual,e o homem, a amar o sexo. Nessa descrença toda e depois de uma mágoa, desacreditei do amor.Acho que a vida me forçou a desacreditar.

Já no carro, com Anna, essa frieza toda começou a dissipar-se, com ela dizendo que iria casar no fim do ano. Começou a dizer o porquê e achei bonito. Quando chegamos à igreja, e o noivo entrou, ao som de "Olho para o céu...Tantas estrelas dizendo da imensidão/Do universo em nós/A força desse amor nos invadiu..." comecei a sentir um 'trem' estranho, como se uma luz tivesse acendido dentro de um porão escuro e esquecido.

Assim que Vanusa entrou, lágrimas vieram borrar minha maquiagem e aumentar meu nariz, não só porque era minha amiga (que já foi tão descrente de amores) casando, mas sobretudo por eu saber que a cumplicidade entre duas pessoas pode ser tão forte que elas, definitivamente, têm que ficar juntas. Tornaram-se partes um do outro, e a tão propalada individualidade, como sinônimo de auto-suficiência, foi para o espaço. O que faz tudo isso acontecer só pode ser um sentimento verdadeiro, e por ser verdade, se torna forte. E essa força realmente invade. Invade até mesmo as mais descrentes.

A Rita Lee escreveu "Ai de mim que sou romântico" e eu, sendo uma adepta da frase, há algum tempo havia decidido mudar, e tentar ser mais fria, insensível. Até que anestesiei meu romatismo durante muito tempo, mas confesso que quando aquela música tocou, eu ouvi "a força do amor me invadiu...". Ouvi as palavras "na saúde e na doença", ditas da forma mais sincera, que é aquela em os olhos falam, e depois de ter bancado a São Tomé, vi e acreditei novamente no amor.
Mais uma vez, descubro que a gente não pode "achar nada de nada" porque a vida está aí para desmentir tudo o que a gente fala sem saber.O que eu posso dizer hoje, é que vale a pena buscar ser feliz. Sobretudo, com alguém que possa acender muito mais que nossos hormônios,nossa gula ou nossa preguiça (afinal, tem tanta gente que está num relacionamento por estar...) e sim acender o que existe de melhor em nós, capaz de nos fazer melhores, mais puros, mais felizes. Para isso, temos de escolher antes, sentir o que o outro provoca em nós. Se nos trouxer sorrisos e paz, talvez o futuro seja bom. Se, no entanto, nos faz chorar de madrugada, nos traz angústia e confusão, melhor não insistir.Não sei se é impossível ser feliz sozinho, mas acredito que é melhor estar sozinho do que infeliz.

A conclusão disso tudo é que o amor de Phillipe e Vanusa "me invadiu" e hoje eu acredito, de novo, no amor. E isso transforma tudo.